O principal tumor maligno (câncer) das vias biliares e do pâncreas é o adenocarcinoma, já discutido nesse site. Mais raramente, outros tipos de tumores malignos também podem se desenvolver nas vias biliares e no pâncreas. São eles as metástases de outros tumores e os sarcomas. As metástases são focos de outros tumores malignos nas vias biliares ou pâncreas. Por exemplo, o adenocarcinoma do intestino grosso (cólon ou reto) pode criar um foco na via biliar. Da mesma maneira, o câncer de rim pode criar um foco no pâncreas. Esse foco distante do tumor que o causou é chamado de metástase. Os sarcomas são tumores malignos muito raros nessas localizações.
São doenças bastante raras (1 caso para 20 ou 30 mil habitantes ou mais raros ainda)
Os sintomas principais são dor abdominal com mais de 2 semanas de duração, perda de peso, amarelo nos olhos, urina escurecida, fezes esbranquiçadas, anemia.
As principais complicações desses tumores são a infecção das vias biliares (conhecida como colangite), o acúmulo de água no abdomen (conhecido como barriga d’água ou ascite) e a dor abdominal resistente ao tratamento com remédios.
O diagnóstico desses raros tumores maligno é feito com a história e exame físico que levantam a suspeita. Essa suspeita é confirmada com exames de imagem como tomografia, ressonância magnética, ecoendoscopia ou colangioscopia. Eventualmente pode ser necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento. Essa biópsia pode ser feita de maneira menos invasiva, usando uma agulha que é orientada para o tumor com ajuda da tomografia ou da ecoendoscopia.
O tratamento é realizado preferencialmente por equipe composta por vários profissionais (equipe multidisciplinar) como o médico oncologista, o cirurgião e o radioterapeuta.